quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

eu vim aqui saber

'tu visión se volverá clara unicamente cuado venga desde tu corazón. quien mira afuera suena, quien mira adentro,.. despierta' (Jung)

despertei.
sobre as sensibilidades de tantas viagens de encontros de si e de outrens.



eis aqui o texto para 'mas como tá sua saúde, Helena?' eis aqui a pergunta que você mesmo já se responde ao me perguntar.. me engrandece saber ser espelho.

voltei essa semana para fazer a mesma batelada de exames que fiz quando descobri o nódulo. ontem, no Fleury, na espera de duas horas, dentro das 15 horas de jejum, fiquei folheando a revista de 90 anos, cortei esse pedaço - espero que quem encontre a revista em pedaços fique curiosa e leia com atenção essa parte também. é como se eu tivesse escrito, é tudo que tenho vivido e reverberado:

"Ver a vida como um banquete é mais do que natural para Neka Menna Barreto. Autora de uma gstronomia natural e criativa, ela carrega para a mesa essa visão de mundo de que de tudo pode se tirar um gosto. "Mas comer um banquete sem digerir não adianta. É muito importante fazer a digestão de nossas emoções, tanto quanto do alimento". A cozinheira e empresária acredita que as coisas a se deixar para trás são os apegos, os controles e os bens materiais. "Deixa o rio fluir que a canoa vai! O controle é uma forma errada de administrar. É uma angústia que não leva a nada, não ensina o outro a evoluir", conta a gaúcha.
Amadurecer, para ela, torna a caminhada mais leve com o passar do tempo. Por isso, nada de 'carregar tanto'. Vai mais longe quem vai mais leve. É quando o essencial acontece. Não pode encalacrado, preso em ressentimento"
Para Neka, cada um tem a obrigação de ao menos tentar resolver suas questões, 'pegar esse caldo e fazer alguma coisa com isso'. Essencial na execução dessa receita é conseguir evoluir, "superar preconceito, valorizar o 'ser', em vez do 'ter', deixar para as próximas gerações".
O ingrediente principal, é "lógico, o amor". E claro, para ela, o que se leva à boca é o que se leva na história do corpo.
"Se alimenta bem, porque o alimento é um hábito. Ele faz você pensar. Cuida de ti. Quem só come chocolate e pão não acorda de manhã a fim de viver seu dia".

despertei para acessar o medo de lidar com a solidão, encaixar em um modelo que te sirva, em 'libertar o outro da obrigação de te fazer feliz'

ele engasga ao falar de entendimento, de querer explicar sentimentos que mal sabes que tens..
como ficar mais tempo com o silêncio, com o seu silêncio?
se eu quero sempre sorrisos ao meu redor, da minha frase de niguém sair melhor ou mais feliz, de um dia desperdiçado sem sorriso..
esqueci que é necessário o oposto pra equilibrar..

eu entendi o chamado que a terra me fez de me reconectar pra valer a ela, não em fins de semana de cachoeira.. entender o ciclo da lua, dela me acompanhar a cada estrada noturna que evitamos pegar no começo, até ela nos guiar e a cada hora a mais do dia seguinte e aplaudirmos seu nascer no mar.. vermelha vindo como uma bola de fogo atrás das águas..
especial foi perceber à flor da pele cada sentimento, foi compartilhar gostos e gestos, trocar
'a morte quando a gente entrega e fecha o olho, tudo bem..' para quem? até ela ficou mais significativa para mim, foram muitos relatos de entes que se foram por essa estrada, pelas cachoeiras, por mim que participei de duas bicadas por simples desatensões.. em que estamos atentos de fato?
desliguei um pouco, de tanta são paulo que já tinha em mim, de rapidez, ser feliz-feliz-feliz. helenez.
continuo nessa intensidade toda. me ausentei de internet, mensagens, responder na hora..

esse tal de câncer na tireoide ta aqui mostrando pro meu mundo que a vida é muito mais brilho quando a entrega é real em qualquer que seja a situação, que mudar minha alimentação e prestar atenção no que ele está me pedindo, em ajudá-lo a diregir toda carne mal mastigada que alguns comem.. em saber que a mente controla quase que você todo. o poder da mente, meu amigo, esse é um dos maiores.. as ausências internalísticas são justamente esse viver aqui e agora, apenas..

tenho tido tantos presentes desde que me abri pra essa cura que me escondo atrás de músicas que por mim falam - tantos incríveis novos e bons sons nesse caminho - sensíveis como ando, quando sabe que foi o marido de uma pessoa muito especial que conheci em um desses encontros que a vida promove por teu caminho..
'voar sem asas, lavar-se com as brasas', https://www.youtube.com/watch?v=kOQEiWAw9-k é simples. vem respirar comigo, vem ser leve comigo.

ando nesse estado de poesia, desse álbum que me viciei desde que a carona que pegamos estava escutando e foi conexão do começo ao fim..
https://www.youtube.com/watch?v=yZq0A7y7hHI&t=966s